Capítulo 71
Capítulo 71
Rosana sentiu sua espinha endurecer, a vergonha e o constrangimento eram inescapáveis, mas o que predominava era uma mistura de injustiça e raiva.
Isso a fez adotar uma expressão bastante peculiar.
Após alguns segundos, ela virou–se para olhar Thales, e ao perceber a indiferença em seus olhos, o coração de Rosana afundou um pouco mais, levando–a a uma conclusão.
Parecia que ele estava de mau humor naquele dia.
Acompanhando Thales por tanto tempo, se havia algo que Rosana havia aprendido era a arte de ler as entrelinhas e os humores.
Por isso, naquele momento, ela sabia que, se agisse impulsivamente, era muito provável que ele não lhe desse atenção.
Ela hesitou por um instante, jogou a faca sobre a mesa e correu em direção a Thales, mergulhando em seus braços.
“Eu espere
esse aniversário por um ano inteiro, e você não foi passar o dia comigo, você tem noção de como isso me magoa?” A voz de Rosana era carregada de tristeza genuina.
Ela sabia que a única coisa capaz de fazê–lo negligenciá–la assim era aquela muda!
Rosana sabia como amolecer e fazer charme, o que fez o semblante sombrio de Thales suavizar consideravelmente, enquanto ele a abraçava pela cintura e dizia: “Vou compensar você em outro dia.”
Levantando o olhar para o rosto atraente do homem, Rosana murmurou com os lábios franzidos: “Sério?”
“Sim.”
“Você não pode me deixar esperando de novo.” Exclusive content © by Nô(v)el/Dr/ama.Org.
“Claro.” Thales respondeu, dando uma olhada no tornozelo dela, “Já melhorou?”
“Um pouco, só me doi ao andar.” Rosana disse, abraçando seu pescoço e com um tom manhoso acrescentou: “Me abracea até lá?”
Thales não a recusou, levantou–a nos braços e caminhou em direção à sala de estar.
Rosana, abraçada ao seu pescoço, murmurou: “Eu ainda não jantei, vem comer comigo.”
Thales olhou para ela e murmurou um assentimento.
Maria retirou a mesa e preparou outra refeição, acendendo novas velas.
O clima esfriou, e uma chuva fina caía há vários dias.
Depois de se molhar na chuva, Flavia começou a ter febre alta, encolhida na cama, confusa, sem saber em que dia estava.
Parecia que, ela tinha sido esquecida.
O único consolo era que estar confusa era melhor do que estar lúcida.
Flavia achava que tinha muita sorte, sem tomar remédio ou injeção, aguentou três dias na cama até a febre passar sozinha,
Thales provavelmente estava tentando cumprir sua promessa a Rosana, pois após aquela noite, Flavia não o viu mais.
Flavia levantou–se, tomou um banho, trocou de roupa e, com um guarda–chuva, deixou Ilha Bela.
O dinheiro que Bianca havia emprestado, ela não sabia quando, mas havia sido transferido. Com isso, Flavia comprou várias coisas, incluindo um celular.
Ela levou as compras para Marisa.
Devido à chuva, Marisa não havia saído para coletar lixo, ficando em sua pequena cabana. Antes mesmo de Flavia se aproximar, ela podia ouvir a tosse vinda de dentro.
Flavia apressou–se e bateu na cabana.
Marisa abriu a cortina molhada e, ao ver Flávia, seus olhos embaçados se iluminaram.
“Flavia, como você vejo parar aqui?” Ela disse, apressando–se a sair da cama para receber as coisas.
Flavia olhou ao redor, percebendo que não havia muitos lugares para colocar as coisas, então as colocou no pé da cama e sentou–se ao lado de Marisa.
“Você está com uma cara péssima, está doente?” Marisa perguntou, preocupada.
Flavia sorriu, negando com a cabeça, e tirou do bolso o celular de segunda mão que acabara de comprar, entregando–o a Marisa.
Flavia: “Meu número já está salvo nele, se precisar de algo, é só me ligar.
Isso não pode ser, Isso é muito valioso, e eu não tenho uso para um celular.”
Flavia
gesticulou E um aparelho usado, não vale
multo. Fique com
ele, assim
fica
mais fácil
fácil de nos comunicarmos.
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