Capítulo 1742
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Kira tirou mais duas fotos do bolso e disse: “Olha só isso aqui.”
Flávio examinou atentamente as duas crianças muito parecidas na foto. “Sua irmã é gêmea?”
Kira explicou: “Essa sou eu, e essa é a Isabela. As fotos foram tiradas quando tínhamos cinco anos. No ano passado, pedi para alguém editar e juntá–las. Todo mundo que vê a foto pensa que somos gêmeas. De agora em diante, você não pode mais dizer que não nos parecemos.”
Flávio riu do jeito determinado de Kira: “Tá bom, tá bom, não direi mais que vocês não se parecem.”
Satisfeita, Kira guardou o celular: “Aí sim, você entendeu.”
Flávio propôs: “Bora, eu vou levar vocês duas para jantar fora.”
Isabela olhou preocupada para Kira: “Mana, a gente pode ir jantar fora?”
Isabela queria muito, mas também estava com medo.
Kira pegou na mão de Isabela: “Quer ir jantar fora?”
Isabela assentiu com entusiasmo: “Quero.”
Kira decidiu: “Então vamos, sem se preocupar com nada.”
Isabela sorriu, com os olhos brilhando de felicidade.
Kira olhou para ela com uma ponta de dor no coração.
A menina, assim como ela, por não receber o amor dos pais e da família, ficava radiante só de pensar em sair para jantar, como se fosse receber o tesouro mais precioso do mundo.
Flávio também observava todo esse afeto, e mesmo sabendo que as irmãs não tinham uma boa vida na família Kira, ele não conseguia imaginar como elas tinham sobrevivido todos esses anos dividindo o mesmo teto.
O motorista que Flávio tinha chamado já estava esperando do lado de fora.
Flávio, gentilmente, sentou–se no banco do passageiro, deixando o banco traseiro para as irmãs.
Elas tinham tanto papo que passaram o caminho inteiro conversando sem parar.
Flávio ouvia em silêncio, pensando em fazer o máximo para ajudar Kira a cuidar da irmã.
Kira só ficará realmente bem se Isabela estiver bem.
À mesa, Kira não parava de encher o prato de Isabela, que comia com tanto gosto que parecia estar provando a comida pela
primeira vez, sem querer parar.
Kira não a tenha levado para comer uma comida gostosa, mas elas tinham que controlar a quantidade, para não engordarem.
Para manter sempre uma boa forma, a família as fazia comer muito pouco, o que também explicava a magreza de Kira.
Mas uma criança de dez anos, que está em fase de crescimento e desenvolvimento, é particularmente capaz de comer e dormir bastante, e apresentam um metabolismo rápido. Fazê–la comer menos era o mesmo que deixá–la com fome.
Enquanto Kira servia chá para Isabela, ela também se preocupava que a irmã engasgasse: “Isabela, come devagar. Se comer demais de uma vez, pode passar mal. Vou ficar uns dias no sul do país, e
durante esse tempo, te levo para comer o que quiser.”
Isabela respondeu; “Mana, não vou exagerar.”
Kira sabia o quanto era difícil e desesperador, pois já tinha passado por isso: “Tá bom, então só come devagar.”
Isabela assentiu: “Tá.”
Kira colocou mais comida no prato dela e, ao levantar a cabeça, encontrou o olhar complexo de Flávio.
Ela sorriu timidamente para ele: “Desculpa, você deve achar isso engraçado.”
Flávio pegou os hashis serviu comida no prato de Kira. “Não se preocupe só com sua irmã, você também precisa comer.”
Kira sorriu: “Tá bom.”
Na mesa, predominavam os frutos do mar, especialmente camarões com casca. Kira estava ocupada descascando para Isabela, enquanto Flávio se apressava em descascar mais para Kira.
Kira disse: “Não se preocupe comigo, cuide de si mesmo.”
Flávio hesitou por um instante e então, de repente, disse: “Eu quero cuidar de você.”